sexta-feira, 29 de maio de 2009

Novo escândalo de governo tucano envolve compra de computadores

O modo demotucano de governar está prestes a protagonizar mais um escândalo político envolvendo falta de transparência no empenho de recursos públicos e o favorecimento ilegal. A revista Istoé deste fim de semana traz matéria intitulada "Computadores sob Suspeita", na qual revela licitação para compra de computadores destinados ao “Programa Computador na Escola’ do governo José Serra (PSDB-SP).

O megaprojeto tem custo total R$ 1,5 bilhão, onde R$ 400 milhões serão gastos apenas com a locação de 100 mil computadores. A licitação está sob suspeita de ser direcionada à CTIS, cujo ex-assessor do governador Serra integra a diretoria.
De acordo com a reportagem, a licitação está sob a mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Polícia Federal (PF) na Operação Mainframe. Segundo a revista, em 16 de março, o juiz substituto Waldemar Cláudio de Carvalho, da 13ª Vara da Justiça Federal em Brasília, autorizou que a PF apreendesse documentos e computadores na sede da CTIS.

No material apreendido, pelo menos três atas de assembléias da empresa comprovaram que lideranças do PSDB fizeram parte da direção da CTIS, empresa com sede em Brasília. A CTIS é uma empresa vitoriosa na disputa para o fornecimento dos computadores ao governo e é acusada pela PF de liderar o maior cartel de informática do país.

Um dos diretores mencionados na matéria, Luiz Fernando Gusmão Wellisch, que figurava como Diretor Executivo de Vendas a Governo da CTIS, trabalhou em diversas empresas estatais, e no Ministério do Planejamento, além de ter sido coordenador de campanha de José Serra à Presidência da República em 2002.
Passou pela Secretaria de Fazenda do município de São Paulo e depois foi para a CTIS. Outro personagem em foco é Martus Antônio Tavares, que também está grafado na mesma ata como membro do Conselho de Administração da empresa. Tavares foi ministro do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 28 de novembro do ano passado, Tavares deixou o Conselho de Administração da empresa. Wellisch permanece no comando da CTIS.

Na avaliação do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), as possíveis irregularidades na compra dos equipamentos de informática junto à CTIS e diversas outras denúncias de corrupção e desvios de recursos públicos no Estado de São Paulo é resultado do “jeito tucano de governar”. Método que, segundo o petista, conta com conivência de parte do Ministério Público e da grande imprensa brasileira.

“É surpreendente. O mercado de informática é amplo e conta com muitas empresas competitivas. Não é normal que sempre a mesma empresa ganhe as licitações. Isto mostra que o governo tucano não tem transparência e não zela pelo dinheiro público. No entanto, pousa sempre como baluarte da ética. É assim que os tucanos governam o estado de São Paulo. Estes mesmos métodos também foram usados quando governaram o Brasil”, afirmou Jilmar Tatto ao mencionar a forma como o governo Fernando Henrique Cardoso tratava as empresas públicas do país.

Informações: boletim PT Câmara SP

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