quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ato público lembrou morte de Jorginho, vítima da violência em Bauru

Pomba da Praça da Paz ficou em luto em sinal de protesto no evento organizado por familiares e organizações de direitos humanos

O Movimento contra Violência e Violação de Direitos Humanos realizou no último sábado, 04 de abril, em Bauru, ato público para lembrar os dois anos da morte de Jorge Luiz Lourenço, o Jorginho, em uma ação da polícia.

Com o tema Pomba da Paz em luto – ato público contra violência pelos dois anos da morte de Jorginho, a atividade na Praça da Paz, região central de Bauru, começou às 20h, com a presença de familiares, amigos e de organizações que atuam na promoção de direitos humanos na cidade.

Entre as organizações que colaboraram para a realização do ato estão o Conselho Regional de Psicologia (subsede Bauru), Conselho Regional de Serviço Social, Observatório de Educação em Direitos Humanos e Núcleo pela Tolerância da Unesp, Conselho Municipal da Condição Feminina e Instituto Acesso Popular. Estiveram presentes também, os representantes: Observatório das Violências Policiais de São Paulo, Entidade AMPARAR-SP, Mães e Militantes do Tribunal Popular de São Paulo e, Militante do Movimento de Direitos Humanos de Guarulhos.

A proposta foi de, mais uma vez, chamar a atenção da sociedade local para a violência cometida contra os jovens no Brasil e cobrar a responsabilização e justiça contra violações de direitos humanos.

O ato contou com várias ações e momentos simbólicos, em sinal de luto pela morte de Jorginho. O caso chamou a atenção da população e entrou para o histórico das ações violentas da polícia na cidade. Em dezembro de 2007, o adolescente Carlos Rodrigues Júnior, 15 anos, foi torturado e morto por policiais militares dentro da própria casa.

A história de Carlos Rodrigues Junior, divulgada no Brasil e no mundo, estimulou a organização da sociedade civil de Bauru para atuar no enfrentamento a violência e violação de direitos humanos, abrindo caminho para a divulgação e denuncia de histórias parecidas de violência cometida contra jovens.

O caso Jorginho
O mecânico Jorge Luiz Lourenço, 22 anos, foi morto no dia 5 de abril de 2007, depois de evadir-se de uma ação rotineira de fiscalização da polícia, ao voltar do trabalho. Na perseguição policial, foi baleado na cabeça, em um matagal, no Núcleo Habitacional Mary Dota.
Os três policiais militares envolvidos na ação foram demitidos da corporação e ainda respondem processo na Justiça. A família espera agora o julgamento e condenação dos acusados.

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