Por Kiko Machado
O Relatório anual da Anistia Internacional 2009 (O Estado dos Direitos Humanos no Mundo) , publicação que registra a situação dos direitos humanos em 157 países denunciou o estado do Rio Grande do Sul, seus promotores e policiais militares pela articulação de um dossiê que considera o MST um grupo terrorista. Segundo a publicação, o documento propiciou ações de criminalização do movimento, dando a sustentação a ordens judiciais de despejo com o uso de violência contra os agricultores e suas famílias.
Para o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa - CCDH, o deputado Dionilso Marcon (PT) o documento é uma seleção criteriosa dos principais casos de violação aos direitos humanos em todo o mundo. Segundo o parlamentar o documento denuncia aqueles que se negam a ouvir o seu povo, aqueles que passam fome, que vivem no meio da pobreza e ainda são reprimidos pelas forças policiais. Segundo Marcon o documento apenas reforça o compromisso da CCDH em denunciar as injustiças e as desigualdades. “O relatório mostra o que população já sabe há muito tempo, ou seja, denuncia que parte de nossa justiça está cada vez mais
distante dos clamores da povo pobre, mas em sintonia com as elites e com os poderosos. Nosso Ministério Público, por exemplo, perdeu o vínculo com suas origens, pois deveria ter em sua síntese, a defesa dos trabalhadores e dos excluídos socialmente.”, lamenta o deputado Marcon.
(Texto publicado na página da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul)
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